Carla Ronci (11 de abril de 1935 - 2 de abril de 1970)
Declarado venerável em 7 de julho de 1977.
Nosso tempo precisa de testemunhas mais do que de professores.
Acreditamos mais de bom grado para aqueles que viram, para aqueles que tocaram, para aqueles que viveram (ver João 1,1).
Carla Ronci foi uma verdadeira testemunha do evangelho.
Este foi um testemunho claro da santidade leiga, vivida no mundo, na fidelidade ao "evangelho da vida cotidiana": na família, no trabalho, no serviço humilde e livre à vida da paróquia. É uma santidade simples, mas não trivial, que sabe combinar o amor de Deus com o amor pelo mundo, testemunhando como todas as realidades terrenas e atividades humanas, graças à ação do Espírito, podem ser consagradas e tornar-se ferramenta de santificação.
Nas páginas seguintes podemos reconstruir o perfil deste testemunho apaixonado do Evangelho na íntegra. Carla era uma verdadeira professora de catequese e vida. Seu método, não estudado em livros, era ditado pelo coração: um amor forte e livre pelas meninas que, como delegada da Ação Católica, lhe haviam sido confiadas; um amor baseado na escuta e no diálogo. Ela era uma animadora eficaz e instável do ministério paroquial. Seu dinamismo apostólico levou-a a interessar-se pelos diversos setores da vida paroquial: animação litúrgica, coro, teatro, excursões, atividade missionária, administração, caridade para com os pobres. Foi um autêntico "contemplativo em ação". Não há dúvida de que a oração de Carla foi contemplativa; Os testemunhos e o Diário nos permitem compreender a intensidade e qualidade de sua profunda oração. Mas precisamente porque é contemplativo, a oração forçou-a a agir. "É somente para Ele que eu me comprometo, para que minha vida seja um testemunho vivo, onde quer que eu me encontre e o que eu fizer". Mesmo quando ele está no auge de suas atividades, ele está "sozinho" com Jesus: ele trabalha, anda, age, mas permanece com Jesus no tabernáculo de seu coração.
Mas há outro traço no perfil espiritual de Carla que merece ser enfocado: sua vida pelos sacerdotes. Carla tem plena consciência da centralidade do ministério sacerdotal na comunidade cristã. Ela queria que todo padre fosse santo, porque do rosto dele brilhava o rosto de Jesus.Na
breve mas dolorosa doença que levou à sua morte, Carla experimentou a paixão. «Chegou a hora de entrar na cruz com ele. Vivo com confiança nos braços paternais de Deus ».
É um testemunho de santidade de excelente liga. E tão oportuna como sempre para os jovens de hoje. Carla propõe um modelo de santidade alegre e moderna. É rico em idealidade, paixão e caráter. Ele quer apresentar um modo de viver o cristianismo, dando um significado profundo às nossas vidas. "Eu me visto como outras jovens da minha idade com modéstia e elegância e tento fazer as almas entenderem, com a minha vida, que o cristianismo viveu não é uma cruz. mas alegria ».
O conhecimento de Carla Ronci, já é difundido na Itália e também em diferentes partes do mundo. Conhecer Carla, em sua jornada, não pode deixar ninguém indiferente. A força que vem de seu testemunho, que envolve uma reflexão sobre os motivos profundos e verdadeiros de nossa existência, é tanto: uma reflexão que leva a uma revisão da vida, ao propósito, ao desejo de imitá-la, a dar glória a Deus pela maravilha. dos seus santos.